11 de abril de 2013

Ausência

Quase um ano ausente e posso afirmar que centenas de coisas aconteceram e milhões deixaram de acontecer. Quem acompanhava o blog sabe da dor que passei por perder meu companheiro, mesmo que ex, Michael. Essa dor ainda não passou, mas hoje consigo lembrar dele sem tanto sofrimento.. Óbvio que dói, mas é uma dor suportável. A saudade está acumulada em um ano e quatro meses que é o tempo que já não o vejo, não o ouço e não o toco, não fisicamente, apenas interiormente. Pois hoje ainda consigo sentir seu cheiro, seu toque, ouvir sua voz, olhar seus olhos claros e amá-lo como não sabia que fosse possível.

Seis meses se passaram (junho de 2012) e conheço alguém. Meu coração então sentiu algo que achei não sentiria nem tão cedo. Tentei ser dura, não queria sofrer por amor de novo. Mas como acontece com todo mundo, o sentimento novo falou mais alto que o medo e eu me entreguei. Não por inteiro, confesso, ainda existia algo muito vivo dentro de mim. Haviam diferenças em destaque entre a gente. Mas a vontade dele de lutar por mim e a minha vontade de amar e ser amada fez a gente ir além. Vivemos uma história bonita, até o dia que as brigas estavam mais constantes que as noites de amor. Decidi então acabar.

Dois dias depois descubro algo mágico e assustador, eu estava grávida e solteira. Hoje com quatro meses não sei descrever outra coisa a não ser que mãe é luta desde o dia que se descobre o resultado. Minha vida mudou no momento que vi o reagente no exame. As emoções, as dores, os medos, tudo está a flor da pele. Mas o amor cresce a cada dia, literalmente dentro de mim. Ser mãe solteira tem sido mais dificil que ser "viúva". Quem diria que existe sofrimento maior que a morte. Mas podem acreditar que mais dói aceitar a morte dos vivos que a morte da vida.


Volto em breve com os textos.
Grande beijo,
Aryelly Cabral.

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