"Tudo era legal, tudo, qualquer coisa nele é tão legal"
(Tati Bernardi)
A gente conhece um carinha bacana em uma festa. Dá uns beijos, troca telefone, se encontram a semana toda, conhece os pais, apresenta os seus, dorme junto, faz planos, mas jura que não é amor. Não é amor, tão pouco tempo não pode ser amor. É só carência. É só vontade de está perto de alguém que nos quer bem. Estamos juntos porque ser sozinho é triste. Não ter pra quem ligar todos os dias é solitário. Não dá satisfação é vazio. Não andar de mãos dadas com alguém por ai, é incompreensível. Estamos juntos porque ser sozinho é triste. Repito isso como um mantra. Repito todos os dias pra não esquecer e acabar ficando com você porque a sensação de está com você vai além do conforto de ter alguém. Não é amor, não pode ser amor. Mas e se for? A carência faz a gente pensar em cada coisa. Eu nem gosto desse seu jeito irônico, só acho engraçado e queria ser um pouco assim, como você. Eu nem gosto dessa sua mania de começar o assunto e não terminar, mas tento em nossas conversas fazer o mesmo e não consigo. Eu nem gosto dessa forma que você pega na minha mão igual você pega na mão da sua irmã de cinco anos, mas acho tão bonitinha essa sua proteção. Eu não gosto de muita coisa em você, mas gosto tanto de você. Mentira, eu gosto de tudo em você. Mas não posso assumir isso, se assumir vai virar amor. E essa carência não pode mudar de nome pra amor. Eu não quero amar você, não quero amar ninguém. Amar não faz parte dos meus planos. Amor é a palavrinha riscada da minha lista de prioridades. Mas seu nome está lá, intacto, com letras que se a gente olhar direito parece o desenho de um coração. Mas é só porque é bonitinho, não tem nada a ver com amor, não pode ter. E assim eu vou levando esse mês e alguns dias, jurando que não é amor. Mesmo com o coração apertado depois de ouvir você dizer que precisava conversar comigo. Porque em pensar que a carência que teima em ser amor, pode voltar a ser solidão, meu coração volta a ser triste. Porque perder pessoas, colocar pontos finais, apagar planos e ser sozinha é triste pra caramba. (Aryelly Cabral)
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