Depois de alguns meses tentando preencher o buraco que ficou, não sei mais o que fazer com as noites que insistem em ser longas e tristes. Os finais de semanas continuam os mesmos, festas, bebidas, dança até o chão, batida de cabelo e uma ressaca dos infernos no outro dia. Cansei dessa vida. Cansei dos finais de semana que não me acrescentam nada e só deixam com buraco maior ainda. E eu vou tentando preencher de festas, lugares, sorrisos forçados e amizades loucas. Mas as noites da semana, aquelas que eu chego em casa tiro a roupa suada do trabalho e me deito na cama e olho as borboletas da parede, só me fazem lembrar o quanto eu sou falha e eu o quanto eu sou carente. Não, eu não sou nenhuma coitadinha. Tenho pavor que me chamem assim. Sou só uma menina carente, lutando contra um ser interno que insiste em lembrar o quanto era bom ser feliz acompanhada. O quanto era bom chegar em casa e deitar na cama olhar as borboletas e lembrar que se tem a opção de ser livre, mas se desejou ser presa. É isso, cansei de voar, fazer pousos breves e não construir nada, não deixar nada, não ser nada. Faz tempo que não choro. Mas a tristeza continua ali, ferindo, lembrando todo dia o quanto se amou, o quanto se ama e o quanto ainda vai se amar, mas não se pode fazer nada com isso. A saudade deixou de ser algo exposto e se escondeu aqui dentro, mas grita todos os dias seu nome, seu cheiro, seu beijo, seu amor. Eu te ignoro, não ligo, não respondo, não chamo, mas não consigo deixar de amar. Outro dia tava pensando qual intensidade do meu amor de antes e meu amor de hoje. E isso foi triste. É triste descobrir que não se ama como antes. Meu plano era amar cada dia mais. Mas agora eu amo cada dia menos. E isso é triste, muito triste. Todos esses finais de semana preenchidos com baladas só me repetem cem vezes que o amor que está indo nunca será encontrado nesses lugares de gente porca vestida de ovelha. Nenhuma bebida vai ter o sabor de um beijo. Nenhuma ressaca vai dá o prazer de uma noite de amor. E nenhuma música será nossa música. Desisto de sair e deixar meu subconsciente procurando alguma coisa interessante nesses lugares. Eu tô carente sim. Mas é carência de mão na nunca e não mão na bunda. Beijo na testa e não no pescoço. Mão na mão, corpo com corpo e coração com coração. Isso não se encontra onde a gente procura. Isso se encontra onde não se procura, quando não se procura. A gente acha quando estamos tão envolvidos com nós mesmo que o destino diz: “tá na hora de separar elas duas.” E pronto, o destino apresenta, nos separa e nos junta com outro ser. Não adianta procurar na "night", amor só aparece quando não se tem ressaca moral. (Aryelly Cabral)
http://www.facebook.com/aryelly.cabral
http://www.facebook.com/aryelly.cabral
Realmente, uma hora a gente cansa de sair e voltar vazia. O texto tá lindo e eu consigui mais uma vez me ver dentro dele.
ResponderExcluiro texto é completamente lindo
ResponderExcluirCada vez textos mais lindos. Amo aqui
ResponderExcluirparabéns.......vc é d+
ResponderExcluir