25 de janeiro de 2011

Um história/loucura real


Em pleno carnaval ele a pediu em casamento. Depois de uma briga séria que o levou ao hospital. Na volta, dentro do carro, ele pediu sua mão. E ela? Ela disse não. Exatamente, não! Ela recusou casar com seu amado. Negou-se entregar a sua vida a ele. Ele que ela tanto amava, mas que não merecia viver com ela o resto da vida. Ela disse não e simplesmente chorou. Ele a seguiu no choro. Tirou a cabeça de suas pernas, onde ela havia deitado, e chorou, não disse nada. Ela tentou se explicar. Disse que sabia que ele a amava, mas não o suficiente para que eles casassem. Eles se amavam, isso era claro. Mas eles não se davam bem, brigavam por qualquer motivo. Ela uma mimada. Ele um ogro. Ela amiga de todo mundo. Ele amigo de ninguém. Ela uma romântica assumida. Ele um anti-romantico. Ela uma mulher simpática. Ele um homem chato. Ela uma pessoa que sorria do vento. Ele quase não sorria. Ela uma irresponsável. Ele super responsável. Ela uma adolescente sóbria. Ele um cara bêbado. Ela a indecisão em pessoa. Ele a decisão. Ela uma criança. Ele um homem maduro. Por esses e outro motivos, tudo ia se acabando devagar. Com o tempo, as coisas iam mudando. Algumas vezes pra melhor. A maioria das vezes, pra pior. E eles continuavam lá, tentando. Ela por muitas vezes quis desistir. Dizia que havia cansado de tanta briga, desconfiança e infelicidade. Jogava tudo pro ar e depois corria chorando pedindo pra voltar. Era sempre assim, ela agia por impulso e falava que essa era a ultima vez. E ele com uma paciência de se admirar tentava ensinar que não era assim. Que devagar eles chegavam lá. Diante de tantos defeitos que ela conseguia enxergar nela, ela o admirava. Admirava por ele ser homem de palavra. Não que ele não mentisse, se ele saísse e alguém visse, era mentira. Mas se ele falasse que ia fazer, ele faria. Já ela não, se ela dissesse que nunca iria fazer, provavelmente faria. Ele admirava esse jeito moleque da sua amada. Senão, não a amaria daquela forma. Contra tudo e contra todos, eles seguiram, por anos. Cada dia era um recomeço. Feliz ou triste. Eles se amando mais, ou se querendo menos. Durante esse tempo ela mudou de idéia, aceitando o pedido do seu amado. Prometeu acordar do seu lado todos os dias. Aprender a cozinhar, lavar e passar. Fazer amor todos os dias pra dá-lhe um filho. Amá-lo todos os dias como ninguém o amou. E ele em troca prometeu fazer a casa dos sonhos. Cuidar e mimar ela para que ela nunca perdesse aquele jeito infantil que ele acha lindo. Fazê-la ter responsabilidade. E amá-la como nunca ele amou. Um ano e seis meses depois do ‘’eu não quero casar com você’’, eles estão se preparando pra casar. E quem disse que as coisas mudaram? Se eles mudarem o que são desde quando se conheceram, eles não serão mais os mesmo. Provavelmente o amor também não. Eles se amam exatamente por todos os defeitos e erros que o fizeram ir e vim por várias vezes. Três anos aguentando tudo isso, não é para todos. É pra quem ama.
(Aryelly Cabral)

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